Vantagens dos sistemas de refrigeração de água gelada

Para quem está de férias, verão é sinônimo de lazer e diversão. Mas para gestores de comércios e indústrias, significa também a chegada de um novo obstáculo: as temperaturas elevadas. Esse desafio pode ser superado com o aluguel de sistemas de refrigeração de água gelada. O calor pode afastar clientes, diminuir a produtividade das equipes de trabalho e até mesmo causar defeitos em equipamentos. Shoppings, grandes redes varejistas e indústrias dependem dos sistemas de refrigeração de água gelada para conseguir operar. Confira alguns benefícios dessa tecnologia:

Produtividade e Bem-estar

Você já precisou trabalhar em um ambiente excessivamente quente? Se sim, sabe bem os efeitos que essa temperatura elevada tem na produtividade da equipe: indisposição e fadiga são alguns dos sinais de que o corpo está experimento um aumento no gasto de energia por conta do calor. A Norma Regulamentadora 17, do Ministério do Trabalho, recomenda que a temperatura em áreas de trabalho intelectual ou que exija atenção constante deve estar entre 20º e 23º. Temperaturas acima desse intervalo diminuem a produtividade do trabalhador e seu nível de alerta, o que pode provocar acidentes. Há também problemas de saúde relacionados ao calor nas fábricas. Náusea, dor de cabeça, desmaios, câimbras, desidratação e até mesmo insolação acometem os trabalhadores. Vale lembrar que a insolação não aflige apenas trabalhadores expostos aos raios solares, mas também os profissionais expostos a calor excessivo, mesmo que protegidos do sol. O Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos, por exemplo, já entrou na Justiça solicitando de algumas indústrias a implantação de sistemas de refrigeração eficientes. Assim, o uso de sistemas de refrigeração de água gelada pode aumentar a produtividade da força de trabalho e até mesmo evitar impactos negativos na imagem da companhia.

DURABILIDADE DAS MÁQUINAS

Não são apenas as pessoas que são afetadas pelas altas temperaturas. Máquinas e equipamentos que não recebem o resfriamento adequado também são impactados. Veja, por exemplo, o caso de máquinas que utilizam óleo hidráulico. Caso a temperatura dessas máquinas fique acima do limite ideal, o óleo muda a sua viscosidade, se tornando mais “líquido”. Consequentemente, com menos viscosidade, esse óleo não conseguirá criar as camadas protetoras nas peças que precisam de lubrificação. Se a situação não for resolvida, essas peças terminarão quebrando e provocando um enorme prejuízo para a indústria. Em casos extremos é possível até mesmo que o operador da máquina saia machucado. Equipamentos eletrônicos também sofrem com o aumento de temperatura. Computadores mais sensíveis podem deixar de funcionar e dados importantes podem ser perdidos. Sistemas de refrigeração de água gelada aumentam a vida útil dos equipamentos e a segurança dos operadores.

ECONOMIA

Chillers e rooftops consomem menos energia do que outros equipamentos de refrigeração, justamente por utilizar água gelada para climatizar ambientes e processos. A economia na conta de luz pode chegar a até 50%.  Como funcionam os sistemas de climatização e refrigeração por água gelada? Os sistemas de climatização e refrigeração por água gelada contam com dois equipamentos, o chiller e o fancoil.

FANCOIL

Todo o processo começa pelo fancoil. Essa é a parte mais visível do equipamento. Tratam-se de caixas chamadas popularmente de “condicionador de ar”, apesar de seu funcionamento estar interligado ao chiller. Dentro dos fancoils ficam serpentinas de alumínio ou cobre por onde circula a água gelada que resfria um ambiente. Esse equipamento faz com que o ar ambiente entre em contato com a serpentina gelada, de forma a ocorrer uma troca de calor. Assim, o ar resfriado retorna ao ambiente enquanto que a água é enviada ao tanque de recirculação. A manutenção desses equipamentos é obrigatória por lei, e incluem troca ou limpeza de filtros, serpentinas e bandejas coletoras de condensado; reaperto ou substituição de correias, verificação de rolamentos dos motores e rotores, e inspeção das válvulas de controle e de bloqueio. O período depende muito do tempo de utilização efetiva, a condição de uso e aplicação, mas de qualquer forma, tem que atender a legislação em vigor, o PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle do Ministério do Trabalho – Portaria 3523 da ANVISA) Os fancoils possuem diversas potências. Equipamentos de 20 TR podem climatizar áreas de até 900 m². Já fancoils mais robustos, com 125 TR, por exemplo, conseguem refrigerar ambientes de até 5.625 m². Saiba um pouco mais sobre os diferentes modelos:

– 45 TR

Equipamentos de 45 TR possuem vazão de ar máxima de 13.600 metros cúbicos por hora, pesam cerca de 700 quilos e têm potência de 7,5 CV.

– 110 TR

Já os de 110 TR têm vazão de ar máxima de 27.200 metros cúbicos por hora, pesam pouco mais de uma tonelada e têm 12,5 cavalos-vapor de potência.

– 150 TR

Fancoils com 150 TR têm vazão máxima de 34 mil metros cúbicos por hora, pesam cerca de 1.500 quilos e têm potência de 20 CV.

CHILLER

Por meio de bombas de circulação, a água que passa pelo fancoil é levada para o trocador-evaporador do chiller, onde entra em contato (de maneira indireta) com o líquido refrigerante e volta a esfriar. Nessa troca o líquido refrigerante evapora e se transforma em vapor. Esse refrigerante é aspirado e comprimido pelo compressor. Em seguida, é descarregado no trocador de calor condensador, onde entra em contato indireto com água à temperatura ambiente. Acontece então a saturação do gás refrigerante que se transforma em líquido, enquanto que a água fica um pouco mais quente. Por fim, há a última transferência de calor, na torre de resfriamento. Um ventilador empurra o ar ambiente na direção oposta ao da água aquecida que cai do distribuidor de pulverização, resfriando-a novamente. Os chillers costumam ser fornecidos com condensador casco e tubo ou trocador a placas. Essas tecnologias facilitam a limpeza dos equipamentos. Os mais modernos contam com compressores livres de vibração e são equipados com dois silenciadores para amortecer as pulsações de descarga. Alguns modelos são bastante compactos, medindo apenas um metro de largura. O gás refrigerante pode ser o R-22 ou o HFC R-134a. Esse último tem uma eficiência energética até 25% superior. Todos os modelos possuem display de leitura para as pressões e temperaturas de sucção e descarga. A válvula de expansão possibilita até 1.500 posições de abertura possíveis e ajusta continuamente o fluxo de refrigerante para o evaporador, o que reduz o consumo de energia e aumenta a troca de calor. Comércios e indústrias que não funcionam em regime de 24 horas podem se beneficiar da função de programação dos modelos mais modernos. Eles permitem que os operadores programem o horário de funcionamento e até mesmo os dias ou meses em que o equipamento precisa parar ou se desligar automaticamente.

CIRCUITOS DE REFRIGERAÇÃO

Equipamentos com potência de 80 a 375 TR têm dois circuitos de refrigeração. Chillers de até 190 TR contam com dois compressores, enquanto que os de 200 TR a 285 TR apresentam três compressores. Já os chillers de 310 TR a 375 TR totalizam quatro compressores. Os compressores contam com pistões para controle da capacidade e motor elétrico refrigerado por circuito independente. Eles podem ter partida progressiva por meio de soft start eletrônico, operação com recuperação de calor e isolamento acústico.

CAPACIDADE MÍNIMA

A capacidade mínima dos equipamentos de até 190 TR varia entre 17% e 21%. Aparelhos com 200 TR a 285 TR têm capacidade mínima de 14%. Já aqueles com quatro compressores têm capacidade mínima de 10%.

CONTROLE POR MICROPROCESSADOR

Alguns chillers contam com controle micro processado, que permite o monitoramento permanente e em tempo real do desempenho das máquinas. Por meio dele é possível gerenciar todos os parâmetros do chiller, desde a válvula de expansão até os compressores, passando pelas bombas de água. Um único controle é capaz de gerenciar duas máquinas em série ou em paralelo. O display luminoso é formado por LEDs e com operação intuitiva. Com apenas um toque no botão é possível visualizar informações como temperatura, pressão, pontos de funcionamento e tempo de funcionamento do compressor. O controle exibe ainda um diagnóstico de falhas, se houver, facilitando a tomada de decisões em casos de erros.

PESO

Como é de se imaginar, quanto maior a potência do aparelho, maior seu peso. Chillers de até 155 TR pesam menos de três toneladas. Já aqueles com potência de 175 TR a 200 TR pesam entre três e quatro toneladas. Entre quatro e cinco toneladas de peso estão os chillers de 230 TR a 285 TR. Equipamentos com mais potência pesam ainda mais.

ROOFTOP

Além desses dois equipamentos, há uma terceira opção para quem busca climatização. São os chamados rooftops. Também chamados de DX System, são sistemas de arrefecimento do ar que, por conta de sua leveza, fácil instalação e transporte, pode ser colocado no topo dos prédios (daí o nome “rooftop”, que significa “telhado). Trata-se de uma solução econômica e eficiente de refrigeração, indicado para indústrias com uma ampla área aberta, sem divisórias. O sistema dispensa a construção de uma casa de máquinas, já que pode ser colocado a céu aberto. O ar refrigerado produzido pelo rooftop é levado até a fábrica por meio de dutos internos e externos. É ideal para salas de controles das indústrias e áreas administrativas de supermercados e shoppings, já que produz pouco ruído. Apesar de serem comumente utilizados nos telhados dos empreendimentos, eles podem ser colocados sobre qualquer terreno, já que vêm acompanhados de uma grande diversidade de assentamentos. Além disso, diferentemente dos chillers, que dependem de torres de refrigeração e fancoils, os rooftops são compactos e funcionam no modelo “tudo em um” e “plug and play”. Há, entretanto, uma desvantagem: a potência limitada. Enquanto chillers podem ultrapassar as 5.000 TR de potência, os rooftops chegam a, no máximo, 35 TR (cada TR equivale a 12.000 BTUs). Aplicação em climatização industrial e redes de varejo A escolha do sistema de refrigeração de água gelada ideal para um empreendimento depende de inúmeros fatores. Entretanto, esses sistemas atendem a uma grande variedade de processos, comércios e indústrias, tais como:

Conformação de plásticos (injeção, sopro, extrusão, etc.)

Processamento de borracha

Ressonância magnética e radioterapia

Rotativas gráficas

Preparação de alimentos industrializados

Água mineral e refrigerante gaseificado

Equipamentos analíticos de laboratório

Circuito de óleo de máquinas operatrizes

Conformação de sabonete com solução a -35ºC

Aparelhos de corte e gravação a laser

Reatores para medicamentos e cosméticos

Banhos de galvanoplastia

Supermercados

Centros comerciais

Aeroportos

Restaurantes

Cinemas

Teatros

Casa de shows e auditórios

Estandes de eventos

Ambiente industrial.

Shoppings (quase todos os shoppings utilizam chillers)

Hospitais

Hotéis

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